Detalhes do processo em que Fiat e Leo Burnett foram condenadas no caso MUDE. Logo mais o filho de Clarice Lispector, Paulo, também será processado por mim.

terça-feira

O erro da Leo Burnett

Como se sabe, a Leo Burnett encontrou o meu texto na internet, acreditou que fosse de autoria de Clarice Lispector, não checou as fontes, usou o poema para "criar" um comercial para a Fiat do Brasil, e divulgou releases à mídia declarando falsamente que o poema "Mude" havia sido escrito por Clarice Lispector. Muita gente acreditou. Até um filho de Clarice Lispector "acreditou". E aproveitou para cometer um delito. Aliás, um belo crime de falsidade ideológica: assinou um contrato com a Fiat e com a Leo Burnett, "VENDENDO" esse meu poema por quarenta mil dólares. O nome desse sujeito (que me parece inescrupuloso) é Paulo Gurgel Valente, primogênito e herdeiro de Clarice Lispector. E seu telefone, no Rio, é (21) 3204.1717. O telefone da Leo Burnett, em SP, é (11) 5504.1300.

Dê um click nas imagens para ver detalhes da vergonhosa fraude:



Essa pesquisa no Google (fraudulenta, como já dissemos) foi feita em 2004. Ou seja, quase quatro anos depois que o comercial já tinha sido veiculado, e depois que a Leo Burnett, com toda a força de mídia que possui como uma das maiores agências de publicidade do mundo, dizendo (falsamente) que o meu poema "era de Clarice Lispector". Essa afirmação da Leo Burnett, em releases replicados por todos os grandes jornais e revistas do Brasil, praticamente transferiram a autoria do poema Mude para Clarice Lispector... Por essa razão é que, depois de transcorridos quatro anos, essa pesquisa do Google já mostrava centenas de sites e blogs dizendo que o poema Mude era "de Clarice Lispector" (sic). Além disso, também como se pode notar, EXCLUÍRAM os sites e blogs que citavam meu nome como autor: vejam que colocaram -Edson -Marques.



Como se pode comprovar nas imagens acima, o filho de Clarice Lispector, sr. Paulo Gurgel Valente, por meio de sua empresa Profit Projetos, cometeu um crime de estelionato. Fez pesquisas falseadas no Google, apresentou os falsos resultados nos autos e mentiu para um Juiz. Tudo por dinheiro. Chegou até a autorizar a Leo Burnett a fezer cortes no meu poema... É um absurdo quase inacreditável!

Esse documento (número 05) foi incluído nos Autos pela própria Leo Burnett, para justificar que "comprou" o meu poema diretamente do filho de Clarice Lispector. Está na página 288 do referido Processo. Nele, esse filho de Clarice diz, textualmente: "Oi, Iracema, não há problema com os cortes propostos. Obrigado e abraços." E ainda teve o desplante de assinar: "Paulo Valente". O que podemos pensar de um sujeito desses?

E o pior: esse Sr. se recusa, terminantemente, a comentar tal assunto. Nunca respondeu meus e-mails, nem atendeu-me ao telefone. Também não atende a Imprensa. Só me resta processá-lo por estelionato.


Ação Cautelar de 2003, preparatória para ação principal, transitada em julgado em 2005, foi TOTALMENTE favorável a mim. Depois, em 2006, ingressamos com Ação de Indenização por violação de Direitos Autorais. Qualquer pessoa poderá consultar o Processo, que é público, e está na 1a. Vara Civel do Foro Central de São Paulo.
Até por internet no site do Tribunal de Justiça:
Fórum Central Cível João Mendes Júnior.
Ano: 2006 - Processo: 187116.

No blog www.liberdade.blogspot.com costumo atualizar as informações mais significativas desse Processo. Entretanto, em respeito ao Poder Judiciário, não devo me manifestar sobre o atual Processo. Só posso dizer que os advogados da Fiat e da Leo Burnett, numa vã tentativa de iludir o Exmo Sr Juiz da 1a. Vara Cível, dizem que já "prescreveu o prazo para [que seja interposta] uma Ação de Indenização" (sic).

Ora, esses advogados fingem não saber que uma Ação Cautelar preparatória para uma Ação Principal interrompe o prazo prescricional. Portanto, esse "fingimento", perante um Juiz, é apenas uma tolice maldosa...

Mas o mais grave não é o fingimento: é o "argumento": querem safar-se com base numa suposta prescrição! Parece não lhes importar o uso indevido do poema MUDE, sem minha autorização. Parece não lhes importar a violação dos meus Direitos Autorais. Parece igualmente não lhes importar que o filho de Clarice Lispector embolsou quarenta mil dólares por conta de um poema que eu escrevi. Parece, ainda, não lhes importar a ética.

Felizmente, eu confio no Poder Judiciário do Brasil.


Um dado importante: Os releases da Leo Burnett, ao serem publicados em todos os grandes jornais do Brasil, dizendo FALSAMENTE que o poema Mude "era de Clarice Lispector" (sic), praticamente desvincularam o poema do meu nome, e eu, ironicamente, passei a ser considerado "um plagiador de mim mesmo"...
Tem mais.

Carlos Murilo Moreno, ex-gerente de publicidade da Fiat, que passou pelo SBT e que hoje talvez ainda trabalhe na Ogilvy (fone 31-2138.3000) também usou o poema MUDE, sem minha autorização e sem citar meu nome, na sua tese de mestrado, defendida na Universidade Federal de Santa Catarina.
Veja com seus próprios olhos:
http://tede.ufsc.br/teses/PEPS2959.pdf
Carlos Murilo Trindade Moreno
Página 144 e seguintes.
Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção
Anexo F: O Comercial MUDE.
Inclui na sua tese o poema MUDE sem citar o autor do texto.
Orientador Dr. Macul Chraim
Florianópolis, 2002.
"Visão e Essência da Marca Fiat.
Análise da repercussão no Brasil da mudança mundial. UFSC."
E o que é lamentável: Na página 6 da referida Tese, Carlos Murilo Moreno diz: "Se você rouba um autor, é plágio. Se rouba vários, é pesquisa." (sic)

(Esse pessoal tem uma prepotência impressionante...)


Em 05/07/2005, no Processo n. 002.04.023175-7, a Leo Burnett foi condenada. O advogado dela,
Durval Amaral Santos Pace (OAB/SP 107.437), depois de todos os recursos possíveis, acatou a sentença judicial - transitada em julgado - e encaminhou à 5a. Vara Cível uma cópia do "Contrato". Um contrato sem testemunhas, sem assinatura da Fiat e sem data...


Mas tem uma coisa que parece muito estranha: Por que a Leo Burnett teria demorado quatro anos para mostrar esse contrato de licenciamento (sic) do poema MUDE para uso no
COMERCIAL DA FIAT ?! Até o Juiz, em seu despacho, estranhou!


A maior montadora de automóveis do Brasil, a Fiat, assinando (?) um contrato em conjunto com uma das maiores agências de publicidade do mundo, a Leo Burnett, sem data, sem testemunhas, sem registro em cartório, e (pasmem!) sem assinaturas da Fiat, numa Campanha que, segundo os jornais da época, custou R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais)...
E, além do mais, ingenuamente, "comprando" do filho de Clarice Lispector, por quarenta mil dólares, um poema escrito por Edson Marques!!!


Por conta dessa abusiva violação dos
DIREITOS AUTORAIS, a Fiat e a Leo Burnett, em fins de 2006, foram citadas em processo de Indenização, movido pelo meu advogado Otávio Ribeiro (OAB/SP 35041), e sobre o qual nada posso comentar, pois está sub judice.


Apenas digo que a Leo Burnett e a Fiat, na sua contestação, e depois de negarem por seis anos, agora concordam que o poema Mude é de minha autoria. Até que enfim. Porém, e numa atitude rasteira, indigna de duas empresas de renome, alegam PRESCRIÇÃO do meu direito de reclamar...

O propósito não confessado da Leo Burnett e da Fiat deve ter sido este: "Só reconhecer que o poema é de Edson Marques DEPOIS da prescrição do seu direito de reclamar."

Porém essa estratégia não deu certo, devido, como já disse, à Ação Cautelar já ganha por mim, e que interrompeu o prazo prescricional. (Detalhes abaixo.)

C-1246/06

Reafirmo: Eu confio no Poder Judiciário do Brasil !

Entretanto, qualquer pessoa poderá consultar esse Processo, que é público, e está na 1a. Vara Civel do Foro Central de São Paulo.

Processo número 2006.187116-6



Em 13/03/2008 foi o julgamento e eu ganhei!


Repito: tudo isso pode ser consultado no Processo.

Bom lembrar que a Ação Cautelar movida por mim (em 2003) contra a Leo Burnett transitou em julgado, e foi totalmente favorável a mim, com sentença publicada em julho de 2005, conforme se pode ler abaixo.


Essa minha luta já dura quase dez anos!


Eis o Registro na Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura: